r. Daniel Gaziri CRM 16.967 | Dr. Marcelo Garcia Marini CRM 27.505 | Dr. Gilberto Miyazaki Otta CRM 23.928
A dor é um sintoma muito comum nas mais diversas doenças. Avaliar a dor em si, sem contextualizar ou abrir os horizontes em busca de um diagnóstico preciso, pode levar a enganos. Hoje vamos falar de uma dessas situações peculiares que podemos encontrar na rotina do consultório, uma dor que parece mas não é!
Você já ouviu falar na carotidínea? É uma condição sem causa definida que atinge a artéria carótida e causa dor no lado em que está afetado, podendo irradiar para a face semelhante ao quadro de uma disfunção têmporo-mandibular. E muitas vezes esta confusão acontece, o paciente é diagnosticado com uma DTM quando na verdade tem um problema na carótida.
O tratamento de um e de outro é completamente diferente e é por isso que o diagnóstico é diferencial, identificando de fato qual a patologia instalada, é fundamental. O tratamento da DTM não vai avaliar a dor se o problema for a carotidínea.
“O diagnóstico por Ressonância Magnética precisa ser muito preciso nestes casos. Entender o padrão doloroso de cada patologia é fundamental para ter assertividade nos diagnósticos.”
DR. DANIEL GAZIRI
Recentemente foi realizado um estudo detalhado de um paciente com carotidínea do Dr. Daniel Gaziri em conjunto com a equipe da Alphasonic e foi uma discussão de alto nível.
É uma doença que atinge a artéria carótida, que passa pelo pescoço e leva oxigênio para o cérebro. No quadro de carotidínea, o paciente sente dor na região e também na face do lado em que a artéria está doente (direito ou esquerdo).
A carotidínea é causada pela presença de uma placa de ateroma (gordura) dentro da artéria que prejudica a circulação sanguínea e gera um processo inflamatório no local, e é daí que vem a dor na região do pescoço, mandíbula e as vezes chega até na testa. Não há uma causa conhecida para que ela apareça, é o que chamamos de doença idiopática.
A semelhança do sistema com outras doenças, como disfunção têmoro-mandibular e sinusite, muitas vezes dificulta o diagnóstico, feito por meio do exame de Ressonância Magnética e análise detalhada das imagens.
O tratamento é feito por meio de medicamentos analgésicos e anti-inflamatórios.